Esclerose Múltipla e Cannabis

 

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica que afeta o sistema nervoso central — ou seja, o cérebro e a medula espinhal. Nessa condição, o sistema imunológico ataca a mielina, uma espécie de “capa protetora” que envolve os nervos. Sem essa proteção, a comunicação entre o cérebro e o corpo fica comprometida, gerando sintomas que variam muito de pessoa para pessoa.

Entre os sinais mais comuns estão:

  • Problemas de visão, como visão turva, dupla ou neurite óptica (inflamação no nervo do olho);
  • Fraqueza muscular e espasmos, que podem causar dificuldades para andar, rigidez e tremores;
  • Formigamento e dormência em diferentes partes do corpo;
  • Alterações cognitivas, como dificuldade de concentração e lapsos de memória;
  • Mudanças de humor, incluindo ansiedade e depressão.

 

Onde entra a cannabis medicinal?

Nos últimos anos, a cannabis tem sido estudada como um recurso no manejo dos sintomas da esclerose múltipla, especialmente para aliviar a espasticidade muscular (rigidez) e a dor neuropática (dor causada por lesão nos nervos).

Alguns dados de pesquisas recentes:

  • Em um estudo com 141 pessoas usando óleo Full Spectrum CBD:THC (1:1), 72% relataram melhora na dor, 48% na espasticidade e 40% na qualidade do sono. Além disso, parte dos pacientes conseguiu até reduzir ou parar o uso de opioides.
  • Em uma análise maior, com mais de 2.200 participantes, os pacientes relataram melhora da rigidez muscular e sensação geral de bem-estar, com poucos efeitos colaterais, geralmente leves.
  • Outra pesquisa mostrou que muitos pacientes também percebem redução da ansiedade e melhora do humor com doses baixas a moderadas de cannabis.

 

Como a cannabis age no corpo?

O nosso organismo possui um sistema chamado endocanabinoide, responsável por regular funções como dor, inflamação, humor e até a proteção dos neurônios. Em pessoas com esclerose múltipla, esse sistema pode estar em desequilíbrio.

Os compostos da cannabis, como o THC e o CBD, interagem com esse sistema, ajudando a:

  • Reduzir inflamações;
  • Proteger os neurônios contra danos;
  • Melhorar a comunicação entre os nervos (remielinização).

 

Novas Pesquisas e o Tratamento com Cannabis Medicinal

É importante lembrar que a cannabis não substitui o tratamento convencional da esclerose múltipla, mas pode ser um complemento valioso para quem não encontra alívio suficiente com os medicamentos tradicionais. Cada pessoa reage de um jeito, por isso o uso da cannabis deve ser sempre feito com acompanhamento médico, para ajustar doses, escolher a melhor formulação e monitorar possíveis efeitos adversos.

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